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Maboroshi

Dança

Direção, atuação, desenho de luz, figurino e coreografia: Tadashi Endo.

 

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Sobre Tadashi Endo

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Em 2017, Tadashi Endo completa 70 anos de vida e 15 anos de uma relação afetiva com o Brasil. O bailarino, coreógrafo e diretor japonês tem a morte como principal tema de sua obra, que expressa a tensão entre ying e yang, masculino e feminino, e o movimento eterno entre ambos. A base de sua dança é, portanto, o Butoh-Ma, o “estar entre”. Através de mínimos movimentos, Endo busca alcançar o máximo de tensões, sensações e emoções, e, dessa forma, seu trabalho consegue ser uma síntese entre teatro, performance, improvisação e dança.
São essas as estratégias estéticas e questões do artista, que teve como mestre um dos maiores nomes do butô, Kazuo Ohno (1906-2010). 
No Cena Brasil Internacional, Tadashi apresenta um panorama do seu trabalho com três solos: “Maboroshi” (2017), seu trabalho mais recente, e duas obras de repertório, “MA” (1991), seu primeiro solo, criado com o aval do seu mestre Kazuo Ohno, e “Fukushima mon amour” (2012), composto em parceria com o músico brasileiro Daniel Maia e criado a partir do choque do dançarino com o tsunami ocorrido no Japão em 2011
 

 

Sobre “Maboroshi”

 

Em japonês, Maboroshi significa “seres sem forma”. São as “almas da humanidade”, diz Endo. Todos os seres humanos têm corpo e alma, mas com a morte o corpo desaparece, mas a alma flui em algum lugar. 

E será ela invisível? 

Mortos também podem sonhar e apenas em seus sonhos podem entrar em contato conosco. É quando temos a sensação de que algo está no ambiente. Não sabemos o quê, mas podemos sentir. Alguns mortos nunca descansam em paz porque morreram de forma antinatural – por assassinato, tortura ou acidente. Repetidas vezes, portanto, eles reaparecem e sempre como criaturas deformadas. São os não-mortos. Até que finalmente chegue a morte: um fantasma bonito e transparente. O fantasma é como o amor verdadeiro.

Quando Tadashi está dançando esta obra, uma atmosfera é criada e nos faz acreditar que não só o dançarino real está no palco, mas também "algo" em seu entorno (o maboroshi, ou o fantasma). Todos experienciam este "algo" juntos: o público, o dançarino e o palco. Enquanto há a dança, todos somos "Maboroshi".
 

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Ficha técnica:

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Desenho de luz, figurino e coreografia: Tadashi Endo.

Fotos: Marciej Rusinek.

Produção executiva: Gustavo Valezi.

Direção de produção: Pedro de Freitas.

Distribuição e representação no Brasil: Périplo Produções.

 

Duração: 60 min

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Classificação etária: 10 anos

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Fotos:

 Japão 

08.06/ 09.06 às 19h

CCBB - Teatro 3

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